Na política, articulação é tudo. E poucos têm demonstrado tanta habilidade nesse campo quanto o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil). Mais uma vez, ele movimenta as peças no tabuleiro político da Paraíba com um gesto estratégico que garante, ao agora deputado estadual, Manoel Ludgério (PSDB) um novo fôlego na política.
O fato é que Manoel Ludgério, em 2022, ficou a menos de 50 votos de garantir sua cadeira na Assembleia Legislativa. Para muitos, isso poderia representar o fim de um ciclo. No entanto, Bruno Cunha Lima demonstrou mais uma vez que sabe valorizar seus aliados. No ano ado, articulou para que o então deputado Fábio Ramalho se afastasse por 120 dias, permitindo que Manoel assumisse o mandato temporariamente. Agora, com a ida definitiva de Fábio para a chefia de gabinete da Prefeitura de Campina Grande, Manoel volta à Assembleia, desta vez por um período bem mais extenso.
Essa jogada tem um significado político importante. Primeiro, reafirma o compromisso do prefeito de Campina com sua base e seus aliados. Em tempos de desconfiança na política, ver um líder cumprindo compromissos e fortalecendo parceiros é algo digno de registro. Segundo, permite que Manoel Ludgério reassuma protagonismo, agora com uma base mais consolidada e a chance de ampliar sua atuação em Campina Grande e nas cidades que representa.
Manoel sempre foi um político municipalista e parceiro do grupo Cunha Lima. Sua esposa, Ivonete Ludgério, é vereadora em Campina Grande, o que reforça ainda mais sua conexão com o município. No retorno à Assembleia Legislativa, ele terá a oportunidade de fortalecer ainda mais essa ligação, trabalhando por Campina Grande e por outras cidades do compartimento da Borborema.
A decisão de Bruno Cunha Lima não é apenas um gesto de lealdade política, mas uma estratégia inteligente que mantém seu grupo fortalecido e em sintonia com os interesses da cidade e do estado. Para Manoel Ludgério, é a chance de retomar o protagonismo e, quem sabe, pavimentar um futuro político ainda mais promissor.
Na política, quem articula com inteligência sobrevive. E, neste caso, tanto Bruno quanto Manoel saem ganhando.
Por Márcio Rangel @marciorangelpb
